Após este bocejo de simpatia, engane-se quem pensa que venho com este sugestivo título anunciar o fim desta Irmandade! Pronto, só para que conste!
Vou directo ao assunto, porque esconde-lo dói ainda mais... Chegou ao fim (talvez) a melhor e mais

SCRUBS não é uma simples sitcom, (até porque não tem as irritantes gargalhadas de fundo, tão usuais em séries do género) e muito menos mais uma série de médicos. Vai muito mais além dessa singela noção.
Desde os seus primeiros episódios que nos é oferecido um menu recheado de personagens do mais alto nível, criando-se logo à partida laços que perdurarão para (quase) todo o sempre. Como aperitivos, temos Janitor, o homem das limpezas, cujo seu hobbie preferido é infernizar a vida de JD, vindo logo a seguir a embalsamação de esquilos lutadores; Temos Tod, também conhecido pelo Hi Five Guy, um cirurgião ninfomaníaco sem grandes tabus nem sentido de vida; Ted, o advogado mais ineficaz do mundo, assim como a personagem mais terna de toda esta trama; Dr. Kelso, o director do Sacred Heart (hospital onde se desenrola a série), o diabo em pessoa, mas que no fundo é o "pai" de todos os que dele dependem. Como prato principal temos Carla, a enfermeira que irá guiar as personagens centrais rumo à sobrevivência no hospital; Turk, um dos pilares do enredo, melhor amigo de JD desde os tempos de liceu e um cirurgião de alto gabarito; Elliot, a menina bonita do Sacred Heart, irá ser o par romântico de JD, embora passe mais tempo nos "treinos" com outros moços. É uma rapariga bastante insegura em relação a si e psicótica em relação à vida; Dr. Cox, o idolo do JD , embora apenas o rebaixe e humilhe. Tem a capa

Uma parte bastante fundamental na história de SCRUBS são os seus actores convidados, que adocicam ainda mais esta brilhante jornada pelos corredores de Sacred Heart, com especial destaque para Brendan Fraser, que oferece à serie o episódio mais emocionante de todos (My Screw Up). De destacar ainda My Phylosophy, onde temos um retrato belíssimo do que a morte pode ser. Mas um dos principais e mais marcantes episódios é sem dúvida My Musical, onde a equipa de médicos se debruça sobre uma paciente que apenas ouve musica. Ou seja, quando se dirigem a ela, esta ouve-os a cantar. Foi uma prova de fogo pôr todo o grupo de actores a cantar e a dançar, como se de um musical da Broadway se tratasse. Um episódio memorável!
Um pequeno exemplo:
Um pequeno exemplo:
SCRUBS parece realmente simples de definir, mas não o é. Ao contrário da

Desde os daydreams do JD (os seus mirabolantes sonhos acordados, que são no fundo aqueles pensamentos que passam pela cabeça do mais comum dos mortais, por vezes sem qualquer nexo e que temos vergonha de expressar), à maravilhastica realização e produção, ao melhor estilo de Hollywood, passando pela deliciosa banda sonora, assim como pelo magnifico grupo de actores, SCRUBS chegou, viu e venceu em terras do tio Sam e um bocado por todo o mundo, não tendo no entando pegado muito de estaca aqui nas terras do tio Socrates (passando quase despercebido pela Sic Radical, sem direito a edição em DVD!).
Oito anos passaram desde o primeiro episódio e foi com dignidade e brilhantismo que fizeram de SCRUBS algo que nunca se removerá de mim, por tudo o que revelei aqui e mais um bocadinho. É de pé que aplaudo o fenomenal momento final desta saga, que atentou a todos os pormenores e, acima de tudo, pensou em quem ficou. Até porque não é fácil fazer chorar este urso que vos escreve e é ainda emocionado que digitou estas últimas palavras deste post, daquela que ficará para sempre retida na minha memória como a melhor aventura de todos os tempos.
Obrigado, Bill Lawrence & Cia.
