terça-feira, 12 de maio de 2009

My Finale!

Antes de tudo, olá! Bem dispostos? Ora, ainda bem!

Após este bocejo de simpatia, engane-se quem pensa que venho com este sugestivo título anunciar o fim desta Irmandade! Pronto, só para que conste!

Vou directo ao assunto, porque esconde-lo dói ainda mais... Chegou ao fim (talvez) a melhor e mais importante série de sempre. É verdade! Se são fieis seguidores deste blog (cof, cof), desde o primeiro post, saberão à partida que a série a que me refiro é SCRUBS (ou Médicos e Estagiários, segundo a tradução portuguesa), uma série saida da cabeça do brilhante Bill Lawrence. A sua importância é sobejamente conhecida, a partir do momento que é devido a SCRUBS que este blog possui este aparvalhado nome (justificação aqui). E é a melhor por uma união avassaladora de factos, que por uma ou outra razão fogem a outras séries.

SCRUBS não é uma simples sitcom, (até porque não tem as irritantes gargalhadas de fundo, tão usuais em séries do género) e muito menos mais uma série de médicos. Vai muito mais além dessa singela noção.
Desde os seus primeiros episódios que nos é oferecido um menu recheado de personagens do mais alto nível, criando-se logo à partida laços que perdurarão para (q
uase) todo o sempre. Como aperitivos, temos Janitor, o homem das limpezas, cujo seu hobbie preferido é infernizar a vida de JD, vindo logo a seguir a embalsamação de esquilos lutadores; Temos Tod, também conhecido pelo Hi Five Guy, um cirurgião ninfomaníaco sem grandes tabus nem sentido de vida; Ted, o advogado mais ineficaz do mundo, assim como a personagem mais terna de toda esta trama; Dr. Kelso, o director do Sacred Heart (hospital onde se desenrola a série), o diabo em pessoa, mas que no fundo é o "pai" de todos os que dele dependem. Como prato principal temos Carla, a enfermeira que irá guiar as personagens centrais rumo à sobrevivência no hospital; Turk, um dos pilares do enredo, melhor amigo de JD desde os tempos de liceu e um cirurgião de alto gabarito; Elliot, a menina bonita do Sacred Heart, irá ser o par romântico de JD, embora passe mais tempo nos "treinos" com outros moços. É uma rapariga bastante insegura em relação a si e psicótica em relação à vida; Dr. Cox, o idolo do JD , embora apenas o rebaixe e humilhe. Tem a capacidade impressionante de disparar palavras à velocidade da luz e quanto mais humilhantes forem, mais gozo lhe dará. É, no fundo, o pêndulo do hospital (o Dr. House do sitio, se quiserem). Tem ainda um ódio de estimação por Hugh Jackman. Como sobremesa, a melhor parte da refeição, temos John 'JD' Dorian, a personagem principal e fundamental de SCRUBS. Um rapaz extremamente sentimental, que necessita de bastante atenção. É em seu torno que se desenrola toda a história da série. Juntamente com Barney Stinson (How I Met Your Mother), a melhor personagem de sempre em séries de comédia!

Uma parte bastante fundamental na história de SCRUBS são os seus actores convidados, que adocicam ainda mais esta brilhante jornada pelos corredores de Sacred Heart, com especial destaque para Brendan Fraser, que oferece à serie o episódio mais emocionante de todos (My Screw Up). De destacar ainda My Phylosophy, onde temos um retrato belíssimo do que a morte pode ser. Mas um dos principais e mais marcantes episódios é sem dúvida My Musical, onde a equipa de médicos se debruça sobre uma paciente que apenas ouve musica. Ou seja, quando se dirigem a ela, esta ouve-os a cantar. Foi uma prova de fogo pôr todo o grupo de actores a cantar e a dançar, como se de um musical da Broadway se tratasse. Um episódio memorável!
Um pequeno exemplo:





SCRUBS parece realmente simples de definir, mas não o é. Ao contrário da maioria das séries de médicos, aqui não iremos ver grandes casos resolvidos todos os dias de forma quase miracolosa. Pelo contrário, temos a vida num hospital vivida como ela é verdadeiramente, onde a maioria dos casos são de fácil solução e onde muita gente chega para morrer. SCRUBS consegue-nos por a chorar a rir com a mesma facilidade que nos põe a chorar de emoção. Consegue-nos enervar, da mesma forma que nos põe de bem com a vida. E é tão particular, que faz com que nos aconcheguemos nela de forma bastante pessoal.

Desde os daydreams do JD (os seus mirabolantes sonhos acordados, que são no fundo aqueles pensamentos que passam pela cabeça do mais comum dos mortais, por vezes sem qualquer nexo e que temos vergonha de expressar), à maravilhastica realização e produção, ao melhor estilo de Hollywood, passando pela deliciosa banda sonora, assim como pelo magnifico grupo de actores, SCRUBS chegou, viu e venceu em terras do tio Sam e um bocado por todo o mundo, não tendo no entando pegado muito de estaca aqui nas terras do tio Socrates (passando quase despercebido pela Sic Radical, sem direito a edição em DVD!).

Oito anos passaram desde o primeiro episódio e foi com dignidade e brilhantismo que fizeram de SCRUBS algo que nunca se removerá de mim, por tudo o que revelei aqui e mais um bocadinho. É de pé que aplaudo o fenomenal momento final desta saga, que atentou a todos os pormenores e, acima de tudo, pensou em quem ficou. Até porque não é fácil fazer chorar este urso que vos escreve e é ainda emocionado que digitou estas últimas palavras deste post, daquela que ficará para sempre retida na minha memória como a melhor aventura de todos os tempos.

Obrigado, Bill Lawrence & Cia.