terça-feira, 24 de março de 2009

Cenas da Vida: O Sonho

O sonho é talvez o melhor e mais sofisticado transporte que o ser humano possui. O melhor porque nos permite viajar por sítios e tempos muitas vezes ainda por criar ou mesmo impossíveis de se materializarem. O mais sofisticado, porque corremos mundos e fundos, sem sequer nos deslocarmos. É das mais interessantes capacidades dessa máquina, movida a oxigénio, cujo fabricante é bastante discutível: o Homem.
O sonho é, acima de tudo, o grande motor da vida. Na minha cabeça, faz sentido pensar que se percorremos o nosso quotidiano a trabalhar ou a estudar é porque há uma meta a atingir. Essa meta é o sonho. Ou antes, um sonho. Ou uma conjugação de vários. Senão, qual seria o objectivo de acordar? Se não é para desbravarmos terrenos para colher a semente que plantámos, num sono distante, num sonho que insiste ficar tatuado na nossa memória, numa aconchegante fábula criada pelo nosso imaginário, então para quê acordar?

E qual a razão de hoje estar muito virado para a capacidade da nossa mente em divagar e em criar personagens da nossa pessoa num futuro entregue ao sucesso? A razão é simples e até poderá ser estranha, mas é, nada mais, nada menos que Jason Mraz. É verdade, meus caros leitores (se é que há sequer algum...).

Este ultimo fim-de-semana tive o prazer de ficar a conhecer melhor a obra desta jovem musico, que despoleta agora para o reconhecimento mundial e lembrei-me de tempos não muito longinquos (até porque na ternura dos meus 19 anos, nada é longínquo) em que tinha como sonho maior ser um reconhecido musico. Lembrei-me do quão excitante e emocionante é compor musicas e escrever letras, actividade que há muito não realizo. E principalmente, recordo uma importante peça deste meu sonho, uma das melhores pessoas que tenho a honra de conhecer e um dos melhores amigos que alguma vez terei, Paulo Melancia (a.k.a. Feio). Juntos partilhávamos deste entusiasmante objectivo (porém, prefiro chamar-lhe sonho) e devido a determinados factores, vimos goradas várias hipóteses de ladrilhar o seu caminho.


Quanto à associação a Jason Mraz, é mais lógica que parece. Eu partilho a minha paixão pela música de braço dados à guitarra (tal como J.M.) e o Melancia acompanhava-me sempre com os seus ritmos alucinantes no seu djembé/darbuka (tal como o 'pequeno' havaiano que acompanha Mraz). E juntos, criávamos mundos nossos que amávamos.

Enfim... agora é preferível dedicar-me à escrita, que a Universidade ainda é cara e o futuro dela depende.

Deixo-vos com duas bonitas cantilenas dessa grande artista, de seu nome Jason Mraz:






segunda-feira, 16 de março de 2009

Capotes Negros: Veredicto! - UPDATE


Quando todos os objectivos se atingem num festival, só uma palavra se pode usar: Orgulho.
Porém, outras podem vir por acréscimo, tais Sucesso, União, e a palavra de ordem: Enchente! Se não fosse a numerosa massa humana presente no nosso Capotes (cerca de 900, se não estou em erro), a recompensa seria deveras inferior.

Conclusão:

TÁ PODENDO OU NÃO TÁ PODENDO?

TÁ PODENDO!

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Um pequeno update aqui ao post! Surgiu no YouTube uma video-montagem da actuação da TUNAPAPASMISTO no VI Capotes Negros!






Oh para mim tão fofinho a tocar bombo na 'Laurinda'! E eu a pensar que o bandolim não se ouvia...

Gentilmente cedido pela veterana Sara!

terça-feira, 10 de março de 2009

Capotes Negros

O VI Capotes Negros, festival organizado pela TUNAPAPASMISTO, realiza-se esta Quarta-Feira, pelas 22h, no mercado municipal de Portalegre. Vai ser uma bela paródia!

domingo, 8 de março de 2009

Divagações de um adolescente aborrecido

Afinal de contas, o blogue é sobre 'coisas'... E eu gosto bastante de divagar (nunca fui muito rápido =x)

Ok eu paro.

Passando à frente:

Estava eu muito bem a ir para casa, de metro, na linha verde, na terceira carruagem a contar do fim, com um banco à minha frente com manchas demasiado suspeitas para pensar sequer na sua origem (demasiado pormenorizado?), quando um pensamento me passa pela cabeça: aqui estou eu, mais uma vez no meio de dezenas seres desconhecidos, onde normalmente costumo ver pessoas carrancudas com os olhos cheios de nada e uma expressão de quem já viu melhores dias, quando reparo que, como que por magia, tudo está diferente. Ao meu lado direito vejo um casal de namorados (que, só para que conste, desconfio que sejam os responsáveis pelas das manchas anteriormente mencionadas) que parece estar no auge da felicidade e com umas caras que transpiram felicidade; à minha frente, em pé, está uma senhora com uma certa idade a falar ao telemóvel com o filho, e a assegurá-lo de que chegará a casa a tempo de jantar; atrás de mim vai um grupo de amigos com uma idade, suponho, perto dos 16 anos, a falar, a rir, e a contar piadas porcas (o que é bastante natural).

E o que é que tudo isto tem a ver com o problema das pescas, perguntam vocês? Nada. Mas também isso não interessa nada, seus energúmenos.

Aquilo de que realmente me apercebi foi de que, num dia como outro qulquer, o mundo à minha volta não me parecia tão triste. Parecia-me até um sítio bastante agradável para se viver.

Talvez a felicidade seja de facto um estado de espírito, e o mundo exterior seja uma reflexão do nosso próprio estado de espírito actual. Ou se calhar é tudo aleatório e calhou-me um bom dia, mais nada. Só sei que mais do que nunca, adorei a minha ida bastante rotineira para casa, e apeteceu-me partilhar isso com vocês, leitores assíduos e atentos. E o facto de estar aborrecido também ajudou.

Moral da história? Acho que é basicamente, pondo as 'filosofices' de parte, sejam felizes e aproveitem as pequenas coisas da vida (nada de piadas porcas que para isso estou cá eu). E se por acaso nem sequer acham que o mundo foi, é, ou será algum dia um sítio miserável, considerem-se uns sortudos e vão imediatamente agradecer às pessoas que vos fazem pensar assim. Tenho a certeza que, se for o caso, pensaram em alguém. Isso e não comam demasiadas amoras.



(Se nada disto resultar, podem sempre recorrer à erva. Mas é só uma sugestão.)

domingo, 1 de março de 2009

Oscars 2009: Conclusões

Eu sei que venho a tarde e a más horas, mas a disponibilidade e a própria vontade impediram-me de pôr as unhas aqui no belo espaço, neste oceano que é a blogosfera.

Assim sendo, e como toda a crítica e blogs concluíram, os Oscars deste ano foram verdadeiramente surpreendentes. E mais não se pedia.
Depois dos senhores da Academia terem desprezado quase por completo Changeling, Revolutionary Road e The Wrestler e por completo Grand Torino, a única exigência que se pedia era uma espectáculo que contrastasse com a desilusão de grande parte das nomeações.
E assim foi!

Foi, deveras, uma noite (ou neste lado do Atlântico, madrugada) bastante divertida. A grande surpresa foi, de facto, o host, por quem ninguém tinha grandes expectativas. A verdade é que Hugh Jackman superou todas e mais algumas, pondo a fasquia num nível altíssimo. Realmente, uma cerimónia para mais tarde recordar. Principalmente aquele brilhante momento inicial, onde Jackman pega nas Taglines dos filmes nomeados e as transforma num pequeno musical brilhantemente orquestrado (se não estou em erro) por Baz Luhrman, o realizador do brilhante Moulin Rouge.



Por fim, os vencedores. No meu ponto de vista, as surpresas não foram muitas. Mas talvez algumas injustiças, mas disso já estão muitas linhas escritas e muitos posts dedicados a este facto, em outros blogs ou jornais, portanto, não me vou pôr a debater se Slumdog é ou não um justo vencedor. Vou antes revelar a minha enorme felicidade por Sean Penn ter arrebatado a estatueta naquele que é, a par de Joker de Heath Ledger (também vencedor do careca dourado), a melhor interpretação do ano. Uma vez que Mickey Rourke tinha o prémio à distância de um esticar de braços, os 'académicos' tiveram a consciência de que se Rourke quer provar que está de volta, tem que se esforçar ainda mais do que em The Wrestler. E parece estar no caminho certo.

Outro ponto notório da noite foi a tão esperada vitória da menina que se fez mulher, sempre de mão dada com a academia: Kate Winslet. Embora a sua personagem em The Reader não tenha a força ou intensidade de algumas personagens pela actriz imortalizadas, já estava mais que na hora! Próxima missão académica: Leonardo DiCaprio, O Injustiçado.


Agora só nos falta esperar para ver que surpresas este novo ano nos reserva. O sentimento que tenho é que não vai ser um ano com mesma a qualidade de 2008, pois foi realmente um dos melhores (ou mesmo o melhor) anos cinematograficos dos ultimos tempos. E ainda bem!

Quais as vossas previsões?