domingo, 8 de março de 2009

Divagações de um adolescente aborrecido

Afinal de contas, o blogue é sobre 'coisas'... E eu gosto bastante de divagar (nunca fui muito rápido =x)

Ok eu paro.

Passando à frente:

Estava eu muito bem a ir para casa, de metro, na linha verde, na terceira carruagem a contar do fim, com um banco à minha frente com manchas demasiado suspeitas para pensar sequer na sua origem (demasiado pormenorizado?), quando um pensamento me passa pela cabeça: aqui estou eu, mais uma vez no meio de dezenas seres desconhecidos, onde normalmente costumo ver pessoas carrancudas com os olhos cheios de nada e uma expressão de quem já viu melhores dias, quando reparo que, como que por magia, tudo está diferente. Ao meu lado direito vejo um casal de namorados (que, só para que conste, desconfio que sejam os responsáveis pelas das manchas anteriormente mencionadas) que parece estar no auge da felicidade e com umas caras que transpiram felicidade; à minha frente, em pé, está uma senhora com uma certa idade a falar ao telemóvel com o filho, e a assegurá-lo de que chegará a casa a tempo de jantar; atrás de mim vai um grupo de amigos com uma idade, suponho, perto dos 16 anos, a falar, a rir, e a contar piadas porcas (o que é bastante natural).

E o que é que tudo isto tem a ver com o problema das pescas, perguntam vocês? Nada. Mas também isso não interessa nada, seus energúmenos.

Aquilo de que realmente me apercebi foi de que, num dia como outro qulquer, o mundo à minha volta não me parecia tão triste. Parecia-me até um sítio bastante agradável para se viver.

Talvez a felicidade seja de facto um estado de espírito, e o mundo exterior seja uma reflexão do nosso próprio estado de espírito actual. Ou se calhar é tudo aleatório e calhou-me um bom dia, mais nada. Só sei que mais do que nunca, adorei a minha ida bastante rotineira para casa, e apeteceu-me partilhar isso com vocês, leitores assíduos e atentos. E o facto de estar aborrecido também ajudou.

Moral da história? Acho que é basicamente, pondo as 'filosofices' de parte, sejam felizes e aproveitem as pequenas coisas da vida (nada de piadas porcas que para isso estou cá eu). E se por acaso nem sequer acham que o mundo foi, é, ou será algum dia um sítio miserável, considerem-se uns sortudos e vão imediatamente agradecer às pessoas que vos fazem pensar assim. Tenho a certeza que, se for o caso, pensaram em alguém. Isso e não comam demasiadas amoras.



(Se nada disto resultar, podem sempre recorrer à erva. Mas é só uma sugestão.)

1 comentário:

luisa luis disse...

Com a moral da tua história apetece-me deixar estas frases que me fazem aproveitar a vida ao máximo.


A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.

Charles Chaplin


Ah!!!!e sinto-me uma sortuda e tb já agradeci...........

Beijos