domingo, 4 de abril de 2010

CinURSOteca: Alice no País das Maravilhas

Acabo de vir agora do cinema e, ainda a frio, venho demonstrar a minha opinião a este conto de Lewis Carrol, levado ao grande ecrã por um dos maiores génios do cinema dos últimos anos, Tim Burton.

É verdade que já venho tarde e já toda a gente disse o que tinha a dizer sobre o filme. E eu não venho acrescentar nada, apenas demonstrar a minha frustração. Sim!

Tim Burton vem-nos abrindo a porta do seu imaginário de alguns anos para cá, sem nunca desiludir, pelo menos a mim. Até agora, foi capaz do melhor e do perfeito. Pensava eu... Pois bem, Alice In Wonderland não é um mau filme. Mas também não é bom. De todo! É um filme um bocado nhé.. Mas também o que se pode pensar dum filme cujo single da banda sonora é cantado por Avril Lavigne? Ser levado a sério?

Eu não sou propriamente um conhecedor do conto de Lewis Carrol, como este distinto CAVALHEIRO, mas pareceu-me que houve momentos em que a coerência não foi a palavra de ordem e até algum erros do ponto de vista lógica (ya, porque um coelho falar e um gato que desvanece tem bué lógica! Não vão por aí...), como por exemplo quando o Chapeleiro está preso no castelo da Rainha Vermelha, fabricando um chapéu para a "monarca". Neste cena, o Chapeleiro está frustrado porque se encontra acorrentado. No entanto, tendo ele as mão livres, teve que ser uma minúscula rata a pegar nas correntes e solta-lo. Mas isto já são pormenores. Acima de tudo, spoilers e por isso peço perdão. Mas a frustração é realmente muito, porque em tantos anos atrás das câmaras, e até de caneta na mão, há pormenores que não podem falhar a um escolhido.

Falando agora das interpretações, outro quebra cabeças. Quando se pensava que Johnny Deep podia ser o salvador de toda esta (des)aventura, eis que o menino resolve dar-se ao luxo de nos oferecer uma das piores (se não mesmo a #1) encarnações de sempre. Ou então sou eu que sou esquisito. Anne Hathaway? No Way... Só Helena Boham Carter continua a dar cartas nos papeis que lhe são atribuídos pelo seu mais que tudo. Mia Wasikowska não é a musa que Tim Burton apregoou, mas também não vai tão mal quanto se quer fazer parecer.

Resumindo, temos um filme onde se quer dar muito, mas não se vê grande coisa. O próprio encadeamento entre cenas não chegas a ser aprazível. No entanto, gostei do 3D, não caiu no exagero e funcionou bem onde devia.

Com tudo isto, parece que ao transformar esta fábula em 3D, Tim Burton ficou com a mente em 2D. Cá te esperamos para a próxima.

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